Pular para conteúdo
Olá 👋🏾, eu sou
Victor
Magalhães
ele/dele
vhfmag@pm.me
vidas negras importam, vidas LGBT importam e é fascismo sim
Mídias sociais
Tema
Tema

Mãe é quem clica: estamos parindo crias do chupadados - chupadados

Os recentes casos de policiais infiltrados em apps para investigar possíveis ativistas, como o de “Balta Nunes” em São Paulo e uma página no Facebook que fingia ser parte do grupo Maré Vive no Rio de Janeiro mostram que não há muitos limites para a vigilância. Com a facilidade de monitoramento e identificação criada pelo mercado, o Estado também pode fazer a festa da vigilância sobre nossa navegação.

E isso pode ir bem além de anúncios não requisitados. Há evidências de que o uso de sofisticadas ferramentas de profiling e análise de dados em larga escala foram fundamentais para a vitória de Donald Trump nas últimas eleições nos EUA. E pode piorar: esse tipo de ferramenta tem potencial de exacerbar o autoritarismo, dando margem à ascensão do fascismo.

Tem gente que diz que isso já está acontecendo - Kate Crawford, pesquisadora da Microsoft, é uma delas. Ela cita como exemplo um software chinês que diz que pode identificar possíveis criminosos através do rosto (um retorno assustador e massivo à frenologia, pseudociência enterrada no século 19) e uma empresa chamada Faceception, que diz reconhecer, também através do rosto, o comportamento e o perfil social de uma pessoa.

Dá para ter uma ideia do que poderia acontecer se toda essa tecnologia cair nas mãos erradas - o marketing invasivo é apenas o começo.